Dor.. o que é a dor? De onde vem essa coisinha que tem só 3 letrinhas?
Para diversas dores até temos uma “solução” ou o que parece ser ... para dor de cabeça temos um analgésico, para uma cólica, temos bolsa de água quente, para dor de estômago temos um chá de alguma erva própria para isso ou para os médicos, existem os “zóis” da vida compradas em qualquer farmácia....
Dessas dores vem os dissabores que nos deixam tristes, ansiosas(os), depressivas(os), frustradas(os) – afe, vou para por aqui porque está me dando dor no coração de tantos exemplos assim que podem vir da dor ou se transformar em dor.
A dor da perda de algo importante, por exemplo, da data de entrega de algum trabalho importantíssimo (iiiiiixi!!! Acabei de me lembrar que perdi a data de entrega da tarefa da pós!! PQP) ou até mesmo de uma entrevista em que existia uma certeza grande em conseguir aquele emprego dos sonhos!
Ou a dor de perder alguém igualmente importante pra gente, do nada, ou... a perda de alguém, por motivo de doença, esperando por isso mas ao mesmo tempo não.
Como é que eu posso amenizar essas dores? Com um analgésico, um chazinho? É.. pra isso acho que ainda não existem soluções tão concretas assim.
Os dissabores vindos desses tipos de dor são, na minha humilde opinião, muito mais fortes. A impressão que dá é de que isso nunca vai passar, e que o grau da dor vai só aumentar e aumentar e aumentar.
E nessas horas, em meio a nossas vidas mega agitadas e atribuladas, a gente acaba por protelar o nosso verdadeiro sentimento, a nossa profunda vontade de poder parar um dia pelo menos e desaguar! Literalmente cair em prantos, xingar, enfim.. aquilo que dê para amenizar o que estamos sentindo no fundo da alma.
Quando sentimos dores, qualquer coisa, qualquer palavra que entre atravessado pelo nosso coração ou pela nossa mente, vira um tsunami que vai acabando com tudo ao nosso redor e acabamos por descontar naqueles que nem sabem o que está acontecendo.
Na dor, não existe espaço para cabeça fria porque nos sentimos tão imersos naquilo que não conseguimos enxergar e nem sentir uma palavra ou um olhar amigo. E quando a cabeça esfria pensamos: caraca! Por que falei daquele jeito? Por que agi daquela forma?
Mas depois de todo esse turbilhão, podemos nos conectar aos poucos com os sabores da vida. Sabores novos, com um olhar diferente, com um (auto) cuidado maior com a gente mesmo. E aí a vida (re)começa a ficar saborosa!
O ar fica mais respirável, o Sol mesmo tímido atrás das nuvens parece brilhar diferente, a chuva que cai refresca e não se torna um empecilho para as atividades cotidianas.
Eu não sei ainda se aprendi a lidar com minhas dores. As da cervical eu vou ao Pilates hehehe, as de dente eu vou ao dentista.... mas aquela dorzinha que vem por sentir ausência de algo (às vezes não é um objeto que posso simplesmente pagar por) ou alguém... ahhh essa ... essa dorzinha ainda me deixa meio sei lá.
Cada um lida com a sua dor de sua maneira particular, e eu espero do fundo do meu coração, que você(s) consigam lidar com ela da SUA melhor maneira possível, do seu jeito único e intransferível, dede que não se sinta mais ferido e que não se arrependa de ferir aos seus.
E espero também que dos dissabores encontrados surjam lições que só por vocês serão aprendidas para que tudo isso se torne doce, leve e harmonioso!
Beijoca!
Parabéns!!! Excelente Texto!!!