Ai ai.... história de vida...
Tenho certeza de que eu, você e o restante da população mundial tem altas histórias de vida pra contar. Histórias essas engraçadas ou nem tanto assim, tragicômicas (essa é a minha ahahahah), tristes e daquelas de dar nos nervos e até querer voltar no tempo pra dar uma voadora na situação (na verdade pessoas, né? Pronto, falei! Não consigo me conter).
Conversando com Mamis, ela me contou sobre o que ela se lembra da infância dela. Mamacita minha é importada, japonesa de verdade e não fake igual a mim ahauhauhauahu.
Ela veio ao Brasil com meus avós e sua irmã mais velha aos 5 anos de idade. Vieram de navio e levaram não sei quantos dos vários dias que temos em 1 mês, ou talvez tenha levado mais tempo até....
Aláaaaaa, vai contar a história da sua mãe e nem sabe quanto tempo de viagem eles levaram?! Oxe...
Sim, você tem razão.. parece q eu tô até contando mentira porque não sei o tempo exato, né? ahuahauhau Mas é que não é essa a parte que eu quero contar.. o tempo de viagem é mero detalhe. ahahahah
Ok...Ok... contaí...
Tudo começou por causa do chá de amora que a minha tia faz e me dá pra tomar sem eu pedir ahahahah (é muito engraçado, mas isso fica pra outra estorinha). Eu disse que o chá não tem cheiro e nem gosto.
Mamis disse: chá de amora tem cheiro de bicho de seda.
E eu, obviamente fiz cara de: Hã? Como assim?!? e pensando: como que a minha mãe sabe de cheiro de bicho da seda?
Aí ela me falou que quando ela tinha 3 anos de idade, ainda vivendo no Japão, meu avô cultivava, ops, criava bicho de seda e os bichinhos ficavam na cozinha da casa deles.
A princípio pensei: eca... bichinho na cozinha? Eca!
Mas depois parei pra pensar na vida que eles tinham naquela época e que talvez a cozinha fosse o único lugar onde eles pudessem realmente criar os bichinhos, mesmo com eles andando na mesa no horário das refeições. Ela me disse que os bichinhos eram enormes. Já se imaginou almçando e vendo os bichinhos andando perto do seu pratinho de comida? Desculpa.. causei nojinho? Minhas pérolas escritas... sorry, sorry
Passada a história do bichinho, depois ela me contou que minha vó fazia batata doce e deixava em cima do armário para esfriar (e pras crianças não comerem!) e minha mamis amada subia na escadinha pra chegar ao topo do armário pra pegar a batata doce. E assim ela comia as batatas e me disse que levou várias broncas!
Há! Tenho uma história minha pra linkar com a dela. Eu não tive que escalar nada porque eu já estava no alto mas... ahh entendeu nada, né? Pera!
Então.. acho que eu tinha uns 3 anos de idade, não sei que arte que eu fiz mas eu fiquei de castigo. Minha mãe me trancou no quarto dela. Lembro que a cama era perto da janela... logo... já que eu estava em cima da cama... foi muito fácil alcançar a janela e eu consegui pular pra fora do quarto e fui passear ahahahahah Morei no mato por 13 anos.. maior jequinha, mas até que era espertinha hauhauahuahu
Meu anjo da guarda deve ter se estrepado nesse dia, pobrezinho! Sorry Angel!
Tá no sangue esse tipo de arte, né?
A outra história de Mamacita é de quando ela entrou no navio, aos 5 anos de idade, e não sabia que era um navio e que muito menos estaria na água. Ela me disse que olhou pela janelinha e só via água por todos os lados. Eles chegaram ao Brasil no dia 7 de setembro, dia da Independência, e a cidade de Santos estava comemorando a data com fanfarra, maior festa! E ela me disse que meu vô ensou que eles celebravam a chegada deles no Brasil.
De Santos, eles partiram para Bastos, de trem. E Mamis me disse que meu vô comprou uma penca enooooorme de banana madurinha pra eles comerem. Nunca tinham comido banana na vida, já que no Japão não tem banana.
Ela me disse: por que será que eu lembro dessas coisas?
Eu disse: ahh porque foram coisas bem legais da sua vida que aconteceram. e marcaram a sua infância.
OBS: Meu vô era alcoólatra. Um amoreco enquanto sóbrio, porém violentíssimo quando bebia. Era bem foda... presenciei várias coisas bem ruins (faz parte da minha história né. E muito mais da dela e da minha tia).
Você já parou pra pensar em todas as histórias que você carrega dentro da sua alma, do seu espírito e até no seu corpo (um ossinho trincadinho, uma cicatriz, um dedo torto...)?
Já perguntou pros seus ancestrais como foi a trajetória de vida deles ou sobre se eles se lembram de coisas marcantes na vida deles?
O que a gente pode aprender com a nossa própria história? Sim, aprender com as coisas que a gente passa, com as pessoas que cruzam nossos caminhos, saca?
Há alguns vários anos eu pensava somente em coisas ruins que haviam me acontecido, de tanta má sorte que eu tinha, ninguém me ama, ninguém me quer... essas baboseiras aí de uma pessoa que se acha uma vítima mesmo tendo tudo sem faltar nada (faltou administração, isso é fato).
OBS: veja bem... não tô falando de uma pessoa com depressão ou transtorno de ansiedade hein? Pessoas que se sentem ou se acham a vítima de todos os dias tem, e sem nenhum transtorno ou doença, total capacidade pra dar a volta por cima SE QUISER DE VERDADE!
Posição de vítima cansa! Porque o lado bom de viver fica sempre escondido dentro de uma caixinha... ai ai ai.. foco Simone, fooooco! Tá fugindo do tema (de novo, né? Quando que eu não faço isso?).
E hoje eu penso em como o que não foi tão bom assim pode ser transformado e produtivo pra mim e, quem sabe, pra humanidade.
Qual o legado você quer deixar pros seus filhos ou sobrinhos ou pro mundo?
Beijoca!
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