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Foto do escritorSimone Komatsu

Orfandade

Oiê! Tudo bem?

Final de mês, final de ano, uma sensação de alívio ou de desespero?

Ainda falta um mês pro ano acabar mesmo, mas estando já na reta final, como todo final de ano, fico mais pensativa. E eu não tenho certeza da minha resposta à minha própria pergunta. Hehehe

Dúvidas e questionamentos pipocando no cérebro, os neurônios doidinhos sem saber que tipo de pensamento formar. Uns sentados esperando, outros desesperados se perguntando se tem trabalho pra fazer, os ansiosos cutucando os que estão parados e os irritados cutucando os ansiosos pra pararem e se concentrarem melhor! HAhahahahh que doidera! Um hospício cerebral.


"Tá! Mas eu não tô entendendo um trem aqui, o que o hospício cerebral tem a ver com a orfandade?"


Bem, a gente está em constante movimento, em constante mutação, sempre em desenvolvimento e muito aprendizado. E,a gente sabe que tudo tem um começo, um meio e um fim.

Algumas coisas, acabam realmente acabando no final do ano e, quando o que rolava era algo muito legal, algo de que a gente realmente gostava tem o ciclo finalizado, com aquela sensação de vazio, eu me sinto órfã!

Pode até ser uma orfandade temporária, mas é um sentimento assim estranho, de um vaziozinho, mesmo sabendo que no próximo ano, a coisa retome.


"Ahh, entendi... Mas, com tanta coisa que acontece e com tanta coisa que a gente faz... por que que surge esse sentimento de estar órã? Isso seria solidão, não?"


Acho que não é solidão, mesmo porque uma pessoa órfã, pode não ser sozinha. Afinal, ela vive em um local com várias outras pessoas. Ela pode sim, se sentir solitária, mas ela não está sozinha. E isso não tira a condição dela ser órfã.


"Ahhhh orfandade é uma condição.... pior, né? Não tinha me ligado nisso."


Nem eu, sabia? Acabei de me ligar nisso agora, quando escrevi.


Será que a gente se coloca na condição de "órfã"?

Quando eu era TEEN, eu me sentia muito sozinha. Saía muito mais do que hoje em dia, mas era um sentimento de solidão, de um vazio.

Hoje em dia, eu pouco saio. Mas não me sinto solitária como me sentia na adolescência. Um sinal de maturidade, talvez?

Ou sinal de que eu tô dominada pelos streamings ahahahhahaha

Sei lá!

Mas, confesso que tem momentos que me sinto solitária, do nada, e volto na condição de órfã, mesmo não sendo.

Órfã de tudo! Um vazio tremendo que bate mas, por ter aprendido a reconhecer esse sentimento de vazio, coonsigo sair do buraco antes de me afundar de vez, como já aconteceu várias vezes.

Tem vezes que afundo até o joelho, mas ainda é possível voltar sem muito estrago. E quando tem estragos maiores, eu peço ajuda.


Quando criança, sempre que mudava a professora da escola, eu sofria! Ahahahahh Isso acontecia muito nas escolas de inglês por onde passei. Gente, era doido.

Quando passava o programa de retrospectva do canal PLIM PLIM, me batia um troço tão triste, tão sombrio que, HOJE, eu vejo como o sentimento de condição de órfã.

Mas era a restrospectiva de coisas do ano todo que não me afetavam diretamente e algumas coisas não mudavam nada na minha vida. Então pergunto, por quê? Como assim? Hã?


Sinistro, né? hahahhhahahhah


Por outro lado, estando numa condição de orfandade, em que você tenha que contar com você mesma/o pra sair dessa condição, talvez o vazio que se forme, seja a oportunidade da descoberta de coisas novas, sentimentos novos, gostos novos, sair do posto de coitada/o.



Afinal, se uma família vai procurar uma criança pra adotar, ela vai em busca de uma criança que seja mais ativa, com um ar mais leve. A condição de todas elas é a mesma mas, a energia que elas emanam é o que faz diferença, é a cereja do bolo. Uma criança esperançosa, que anseia por uma família, é diferente de uma criança que fica no cantinho, escondida.

Por favor, estou escrevendo de uma maneira geral. Entendo que existem diferentes casos de crianças. Muitas abandonadas, muitas outras maltratadas por familiares. E a energia delas é de medo e desconfiança, mas que ncessitam de cuidados igualmente às outras crianças.

Tudo é uma questão de afinidades também. Eita, o texto ficou sério, né? Whoops!


Taí, afinidade... hoje em dia a afinidade com outras pessoas está quase inexistente. E quando a gente encontra pessoas afins, se e quando há um distanciamento, dá uma dorzinha no coração. E eu acho que é aí que bate o vazio e achar que está solitário/a.

É... final de ano, é como se fosse um orfanato. Os afins foram adotados, ficaram aqueles mais fechados ou então, aqueles que também estão com um vácuo no coração.

Mas, com a retrospectiva da nossa vida, a gente consegue avaliar e reavaliar tudo o que foi, e criar planos pro próximo ano.

Planos reais e possíveis!

Sabe? Acho que o pior sinal de orfandade, é quando a gente mesmo se abandona. É quando a afinidade com a gente mesmo, vai pro saco, se esvai de dentro da gente. E isso, sim é se tornar órfã/órfão.

Em um primeiro sinal de qualquer coisa, a primeira coisa a ser deixada de lado, é a gente mesmo. A gente não titubeia nem por um segundo, quando não estamos satisfeitos com a gente mesmo, em nem olhar mais pro espelho ou escolher uma roupa legal pra usar, mesmo que seja só pra trabalhar.

A gente deixa de lado nossos gostos, nossas vontades, a gente se deixa de lado. Se a gente renegar tudo isso, o que sobra da gente? Ou parte da gente? É como estar órfã! Órfã da gente mesmo.

E isso, parece-me um tanto cruel com a gente mesmo. Afinal, estamos juntos 24 horas por dia, 7 dias na semana e, mesmo assim, nos sentidos sós.


E aí? Final de ano, uma sensação de alívio ou de desespero? Solidão ou convívio? Realidade ou ilusão? Renegar ou evoluir quem somos?


Beijoca!


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4 Comments


Carol
Nov 27

É bem sobre isso.

Tentei fugir de "mim mesmo", mas em todo lugar que eu ia, eu estava lá!

Além de precisarmos nos amar mais e nos apaixonar por nossas qualidades, nos dando o devido valor por tudo que somos e nos tornamos dia a dia;

Quando nos conscientizamos que nós não somos de fato só, mesmo quando não temos "alguém" do lado, fica mais leve levar a vida, sobre tudo nestas datas.

Ainda temos dependência física do outro, e não só emocional, sentimos a falta de um ser físico para compartilharmos momentos, em uma época onde a vida parece funcionar mais no virtual, postagem de momentos, alegrias .. compartilhadas com amigos, parentes... porém, não vivenciado juntos, é um outro…


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Simone Komatsu
Simone Komatsu
Dec 03
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Carol!! Adoro seus comentários sobre os meus textos!! Muito obrigada!!! Beijo!!

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André
Nov 27

Você está coberta de razão.

Fim de ano é otimo para crianças (as assistidas).

Adultos a cada ano vão contabilizando mais perdas.

Daqueles que se foram.

Daqueles que não vieram

Quanto a sua orfandade, talvez seja voluntária.

Com suas qualidades certamente seria adotada rapidamente.

Belo texto.

Bjs

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Simone Komatsu
Simone Komatsu
Dec 03
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Andrezãaaao!! Muito obrigada!!! Vamos ver se alguém me adota! ahahahhahahh Beijo!

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